"Vi em Roma, uma cidade de pescoços á espera que eu os mande cortar" - Caius Caligula

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CNPD Vs Google

A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) proibe a Google de fotografar ruas portuguesas, para o serviço StreetView ( http://www.publico.pt/Tecnologia/comissao-de-proteccao-de-dados-proibe-google-de-fotografar-ruas-portuguesas_1450066 ).
O principal argumento, tem a ver com a - protecção da /direito à - privacidade das pessoas.
Por mim, que não tenho nada a esconder de ninguém, não vejo qualquer sentido nisto. Entendo o serviço StreetView da Google ( http://www.google.com/intl/en_us/help/maps/streetview/ ) , como uma valiosíssima ferramenta de pesquisa e é de facto, uma perda que este serviço não possa evoluir.
A principal questão, prende-se com o facto de o sistema conter algumas falhas e por vezes, alguns rostos ou matrículas de viaturas, não estarem devidamente esbatidos e por isso, inidentificáveis.
Ainda, existe o argumento de que, ampliações às fotografias publicadas, poderem mostrar detalhes que não são visíveis a olho nu.
Agora, ficam várias perguntas no ar:
1 – Não é a rua um espaço público e, como tal, sem privacidade por definição?
2 – Qual é a diferença entre o que este serviço mostra e uma fotografia de um qualquer fotógrafo, amador ou profissional, que acaba por ser publicada?
3 – Porque é que a CNPD não se preocupa também com as publicações com origem em trabalhos de paparazzi, muitas vezes com base em fotos captadas contra a vontade expressa dos famosos?
4 – Onde, de facto, está a diferença entre o captado por este serviço e o que capta qualquer máquina de qualquer fotógrafo, no espaço exterior (público).
5 – Porque não se proíbe também a verdadeira invasão de privacidade, alimentada por histórias muitas vezes mentirosas, de que vivem as revistas de fofocas, ditas “cor-de-rosa”?

1 comentário:

  1. Ou então porque não se proíbe também que, nas transmissões desportivas, sejam focadas as bancadas onde, eventualmente, se poderão encontrar pessoas que não quereriam ser reconhecidas?
    É, na verdade, de lamentar a atitude dessa tal CNPD.

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