"Vi em Roma, uma cidade de pescoços á espera que eu os mande cortar" - Caius Caligula

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Povo Que Vai Pagar A Crise Vos Acusa...

…Pelos factos que são públicos,

Pedro Santana Lopes (PSD) – Novo Assessor Jurídico da EDP, nomeado pelo ex-Ministro António Mexia, actual Presidente Executivo da EDP, indo usufruir de um ordenado de 10.000€;

Diogo Freitas do Amaral (CDS-PP)– Consultor da GALP entre 2003 e 2005 por 6.350€ mensais, com direito a gabinete e seguro de vida no valor de 70 vencimentos;

Miguel Horta e Costa (CDS-PP) – O seu filho, recém-licenciado, entrou para a GALP com 28 anos a receber 6.600€ mensais;

Guido Albuquerque (PSD) – Cunhado de Morais Sarmento, foi “transferido” da Esso para a GALP. Custo: 17 anos de antiguidade, vencimento de 17.400€ e seguro de vida no valor de 70 vencimentos;

Ferreira do Amaral (PSD) – Presidente do Conselho de Administração da GALP, num cargo não executivo, era remunerado simbolicamente:  3.000€ mensais pelas presenças, PPRs no valor de 10.000€. Total: 13.000€ de salário;

Aníbal Cavaco Silva (PSD) – Recebe actualmente as seguintes pensões: 4.152€ do Banco de Portugal, 2.328€ da Universidade Nova de Lisboa e 2.876€ pela reforma de Primeira Ministro. Acumula-as com o vencimento de Presidente da República;

Mira Amaral (PSD) – Saiu da Caixa Geral de Depósitos com uma reforma de gestor de 18.000€. Na altura acumulava uma pensão de 1.800€ como Deputado e 16.000€ como Administrador Executivo da Caixa Geral de Depósitos;

Scolari (Ex-Selecionador Nacional) – Recebeu por uma palestra de 45m, num evento dos CTT, a 14 de Janeiro de 2005, no Pavilhão Atlântico, a quantia de 19.000€;

Juiz Desembargador José Manuel Branquinho de Oliveira Lobo – Pensionista 438881 foi reformado, incapacitado para estar ao serviço do Estado, por Junta Médica, devido a doença do fórum psicológico.
Por resolução proferida a 30 de Julho de 2004, o Conselho de ministros do Governo de Santana Lopes, nomeou o Dr. Branquinho Lobo, como Director Nacional da Policia de Segurança Pública, passando a acumular o respectivo vencimento, com a sua pensão de magistrado.

António Marinho – Escreve no Expresso de 17 de Setembro, que os Magistrados têm ainda os seguintes privilégios: 
1 – Subsídio de renda de casa no valor de 700€, mesmo que residam em casa própria; 
2 – Se se tratar de um casal de Magistrados, ambos recebem o subsídio, passando a 1.400€ por “agregado familiar”; 
3 – Após acórdão do STA (dos próprios Magistrados), o subsidio referido está isento de IRS; 
4 – Os Magistrados do Supremo Tribunal Administrativo, do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Constitucional, que residam fora da Grande Lisboa, recebem ajudas de custos para as deslocações para o trabalho e acumulam essas ajudas, com a regalia de poderem viajar de forma grátis em todos os transportes públicos terrestres e fluviais, inclusive, nos serviços Alfa;

Alberto Costa, Ministro da Justiça (2005) - Nomeou a sua filha, Susana Isabel Costa Dutra, para prestar no seu gabinete, assessoria na manutenção dos conteúdos da página oficial do Ministério da Justiça, com efeito a partir de 10 de Outubro de 2005, pela remuneração mensal de 3.254€ acrescidos de subsídio de refeição (Despacho Nº 22237/2005 (2ª Série) de 23 de Outubro);

Manuel Serra – Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (2006) – Nomeou para Secretário Pessoal do Vice-Presidente Conselheiro Domingos Brandão de Pinho, o sobrinho do próprio, Filipe Pereira Brandão de Pinho, com efeito a 1 de Fevereiro de 2006 (Despacho 3849/2006 (2ª série) de 1 de Fevereiro).”

A compilação de registos de filhas-da-putelhice descrita acima não é da minha autoria, estando autorizada a sua divulgação.

Os factos compilados foram no entanto cruzados com outras fontes de informação, mostrando-se válidos.
Estes são alguns dos sacanas que promoveram e promovem a crise económica que agora, nós, os pelintras, temos que pagar. 

Como Viver Com 475€ / Mês

Quarto alugado em Lisboa (Inclui electricidade e água, Não pode fazer refeições) - 175€
Passe Social Carris e Metro - 30€
Um café por dia (Pequeno Almoço) - 0,55€ - 16,5€
Uma refeição quente por dia (Almoço) - 30 x 5€ - 150€
Uma sopa por dia (Jantar) - 30 x 1,5€ - 45€
Uma Sandes por dia (Reforço Jantar) - 1,30€ X 30 = 39€
Telemóvel (mês) - 10€

TOTAL em meses de 30 dias = 465,5€ (Sobra 9,5€)
TOTAL em meses de 31 dias = 473,85 (Sobra 1,15€)

Isto a preços de 2010,  pelo mais económico que se encontra.
Imaginem o que vai acontecer em 2011.

Um das conclusões a que se chega rapidamente é que, ou se come, ou se dorme debaixo da ponte ou se anda nú.

Imaginem quem tem menos e não tem apoio familiar...





sábado, 16 de outubro de 2010

Então é Assim:

Eu não votei nestes gajos!
Eu não votei nos gajos que costumam alternar com estes no poder!
Eu não admito que nenhum gajo, muito menos um pseudo intelectual armado em engenheiro me venha foder a vida, só porque isso agrada a meia dúzia de barrigudos europeus!
Por muito que a Constituição diga o contrário este gajo NÃO É nem NUNCA SERÁ o meu Primeiro Ministro!
Bardamerda para este Governo e para toda a corja de chupistas que andam a esfregar as hemorróidas pelas cadeiras da Assembleia da República!
Eu não pedi para nascer português!
Eu quero mais é que estes gajos todos vão fazer uma mamada ao IVA e sejam sodomizados pelo meu IRS!
Isto já não vai lá com palavras! Estamos a chegar à parte mais mal cheirosa do esgoto em que estamos enfiados há mais de 100 anos!
ELES meteram-nos na crise! ELES que nos tirem dela! Não tenho que pagar pela incompetência de ninguém!
Eu trabalho! Ganho o meu sustento! Faço pelo vida e não admito, mas não admito mesmo que nenhum cabrão interesseiro e demagogo me venha agora roubar o fruto do meu suor!
Bardamerda para eles todos, para toda a corja de engravatados assalariados pelos meus impostos!
Não se cruzem comigo na rua, caralho!
Nunca se esqueçam que a diferença entre um herói e um traidor, é apenas a de um momento na história! NUNCA SE ESQUEÇAM DISSO! E disso, tirem as conclusões que entenderem!


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eles Sabem Muito

Eram (segundo o Correio da Manhã Online) 23H26m, quando o Teixeira dos Santos entregou o Orçamento de Estado para 2011 ao Presidente da Assembleia da República, em mão e numa Pen Drive...
Sempre que os Governos liderados por Sócrates têm entregue Orçamentos de Estado, fazem-no tarde e a más horas.
Pergunto-me se, para além da falta de educação extrema em fazer esperar Jaime Gama, isto não será uma jogada para o Teixeira dos Santos, o motorista, os funcionários que mantêm a Assembleia da República aberta até estas horas, o próprio Jaime Gama e o infindável leque de serviçais que sempre rodeiam estas avantajadas barrigas do poder, meterem umas horas extraordinárias e, dessa forma, tentarem compensar para si próprios, parte do que vão perder com o aumento dos impostos e as reduções salariais.
Para além disso, porque é que um Governo que se diz "avant garde" nestas coisas das novas tecnologias e, tendo em conta que existirão circuitos de dados dedicados (e por isso, seguros) entre a Presidência do Concelho de Ministros e a Assembleia da República, a treta do documento que nos vai foder a vida no próximo ano, não vai parar ao Jaime Gama por rede de dados, em vez de andarem a gastar guito (o nosso guito) em pen drives, motoristas, horas extraordinárias e vassalagens.
Esta merda custa-nos dinheiro, porra!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Rasteira da Velha Raposa


Passo Coelho revelou, assim que tomou posse como dirigente máximo do PSD, o quão verdinho é nestas coisas da direcção política á séria…
Entrou num “acordo de cavalheiros” com o Sócrates, comprometendo-se a aprovar o último aumento de impostos, se o Governo efectuasse cortes na despesa pública.
Só se esqueceu foi que nestas coisas da política em geral e, deste Governo em particular, não existem cavalheiros…
Depois, vendo que o acordo não foi cumprido do lado do Governo, amuou e jurou com quantos credos tinha, que não falava mais com o Sócrates a sós e ainda, que não aprovaria nenhum Orçamento de Estado que implicasse mais aumentos de impostos…
Precipitado que é, por força da falta de prática nestas andanças da velhaca política, está num beco sem saída!
Está encurralado (não o Sócrates, mas o próprio Passos Coelho), porque se o Orçamento não for aprovado, o país fica ingovernável e é nas suas mãos que está o ónus dessa aprovação.
O Sócrates está-se marimbando, porque sem Orçamento, tem legitimidade política para se demitir e o foco da ingovernabilidade, vai apontar para Passos Coelho…

Assim, tem duas hipóteses:

1 – Faz passar o orçamento e deixa cair a sua palavra na lama, mas Portugal segue em frente e a credibilidade nos mercados financeiros, poderá estabilizar;
2 – Mantém a sua palavra e o País entra no caos, porque sem Orçamento não há Governo, não há credibilidade internacional e o fundo do poço fica cada vez mais próximo.
Das duas formas, Passos Coelho perde e isto foi o golpe de misericórdia do Sócrates, no principal partido da oposição…
Resta saber se perde só Passos Coelho, ou perdemos todos. Está nas suas mãos.
Eu acho que isto só lá vai com um valente golpe de estado e, se assim não for, a alternativa é ter mais do mesmo e isso só se conseguirá (infelizmente) com a aprovação do Orçamento e consequente descrédito de Passos Coelho.
Se não querem a alternativa do golpe de estado, então, vamos ver agora, se Passos Coelho tem o espírito estadista à frente do espírito partidário e, contra os seus próprios interesses, coloca Portugal em primeiro lugar.

Ninguém quer este Orçamento de Estado e ninguém quer mais impostos, mas com o bate-pé do Governo (que já sabemos que pode, quer, manda e está-se a borrifar para a população que empobrece cada vez mais e todos os dias), não há outra hipótese que a aprovação...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Eu Renuncio!

Eu renuncio!

Neste momento de aflição em que todos temos de dar as mãos e deixar de olhar só para o nosso umbigo, correspondo ao apelo de quem nos governa e de quem apoia quem nos governa, faço pública parte da lista do que o Estado criou e mantém para minha felicidade, e de que de estou disposto a patrioticamente prescindir.

Assim:

· Renuncio a boa parte dos institutos públicos criados com o propósito de me servir;

· Renuncio à maior parte das fundações públicas, privadas e àquelas que não se sabe se são públicas se privadas, mas generosamente alimentadas para meu proveito, com dinheiros públicos;


· Renuncio a ter um sector empresarial público com a dimensão própria de uma grande potência, dispensando-me dos benefícios sociais e económicos correspondentes;


· Renuncio ao bem que me faz ver o meu semelhante deslocar-se no máximo conforto de um automóvel de topo de gama pago com as minhas contribuições para o Orçamento do Estado, e nessa medida estou disposto a que se decrete que administradores das empresas públicas, directores e dirigentes dos mais variados níveis de administração, passem a utilizar os meios de transporte que o seu vencimento lhes permite adquirir;


· Renuncio à defesa dos direitos adquiridos e à satisfação que me dá constatar a felicidade daqueles que, trabalhando metade do tempo que eu trabalhei, garantiram há anos uma pensão correspondente a 5 vezes mais do que aquela que eu auferirei quando estiver a cair da tripeça;


· Renuncio ao PRACE e contento-me com uma Administração mais singela, compacta e por isso mais económica, começando por me resignar a que o governo seja composto por metade dos ministros e secretários de estado;


· Renuncio ao direito de saber o que propõem os partidos políticos nas campanhas pagas com milhões e milhões de euros que o Estado transfere para os partidos políticos, conformando-me com a falta de propaganda e satisfazendo-me com a frugalidade da mensagem política honesta, clara e simples;


· Renuncio ao financiamento público dos partidos políticos nos actuais níveis, ainda que isso tenha o custo do empobrecimento desta democracia, na mesma mesmísisma medida do corte nas transferências;


· Renuncio ao serviço público de televisão e aceito, contrariado, assistir às mesmas sessões de publicidade na RTP, agora nas mãos de um qualquer grupo privado;


· Renuncio a mais submarinos, a mais carros blindados, a mais missões no estrangeiro dos nossos militares, bem sabendo que assim se põe em perigo a solidez granítica da nossa independência nacional e o prestígio de Portugal no mundo;



· Renuncio ao sossego que me inspira a produtividade assegurada por mais de 230 deputados na Assembleia da República, estando disposto a sacrificar-me apoiando - com tristeza - a redução para metade dos nossos representantes;



· Renuncio, com enorme relutância, a fazer o percurso Lisboa-Madrid em 3h e 30m, dispondo-me - mesmo que contrariado mas ciente do que sacrificio que faço pela Pátria - a fazer pelo ar por metade do custo o mesmo percurso em 1 h e picos, ainda que não em Alta Velocidade;



· Renuncio ao conforto de uma deslocação de 50 km desde minha casa até ao futuro aeroporto de Lisboa para apanhar o avião para Madrid em vez do TGV, apesar da contrariedade que significa ter de levantar voo e aterrar pertinho da minha casa.



· Renuncio a mais auto-estradas, conformando-me, com muito pena, com a reabilitação da rede nacional de estradas ao abandono e lastimando perder a hipótese de mudar de paisagem escolhendo ir para o mesmo destino entre três vias rápidas todas pagas com o meu dinheiro, para além de correr o triste risco de assistir à liquidação da Estradas de Portugal, EP;


In revista 4R by Artur Penedo