"Vi em Roma, uma cidade de pescoços á espera que eu os mande cortar" - Caius Caligula

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Poder do Vernáculo!

Ele há lá coisa melhor, para desopilar os fígados, abrir a luz ao horizonte, descomprimir e baixar a tensão arterial, do que soltar uma boa caralhada de vez em quando ou, quando o excesso de stress o exige, bem mais amiúde?
Não há nada,  absolutamente nada mais libertador, do que soltar um simples e exclamativo "Foda-se", ou mesmo acabar uma frase com "vírgula, Foda-se"!
A quantidade de energia libertada neste simples acto oratório, é quase tão grande e intensa, como chamar o falo do sujeito em vez do sujeito propriamente dito, como por exemplo, "O Caralho do Portas, ou o Caralho do Marcelo..."... Ou até mesmo "O Caralho do Sócrates"!!!
Pessoalmente, sou um adepto incondicional da utilização deste tipo de vernáculo em jeito de terapia comum...
Acho que quem diz "foda-se" ou "caralho", vive tão mais tempo, quanto a frequência com que solta este substancial "drunf", quer em jeito de sujeito em si, como em jeito de verbo (Verbo Caralhar).
Não se entende no entanto, o acto quase instintivo de comparar o pai da humanidade às coisas mais funestas, vejam-se os exemplos "É fodido pra caralho", "É mau como o caralho"...
Já o enviar o oponente para o seu progenitor, parece-me mais provido de lógica, pois é enviá-lo às origens e como tal, quase dizer-lhe que não devia de ter vindo por aqui (Vai pró Caralho, ou mesmo, Ide para o Caralinho). No entanto, não tem a força da remessa para a "Cona da mãe"... Fenómeno ainda por interpretar...
Devia de ser ao contrário. Afinal, é mais fácil caber-se na cona da mãe, que no caralho, mas enfim... Meras questões de física quântica...
Ainda, por outro lado, compreende-se a negatividade impressa á expressão "É fodido", principalmente quando dita por um macho... Penso que neste ponto, não necessito de explanar a questão aos homens. Todos eles de uma forma geral, instintivamente, compreendem o significado.
Agora vou-me por no caralho, que acabou a hora do almoço e preciso de continuar o trabalho, foda-se!

2 comentários:

  1. Elaine Astolat Enviou-me um comentário, no conteúdo de um texto de Millôr Fernandes que, considerei tão bom, inclusive, tão superior a este meu pequeno texto, que resolvi introduzi-lo em destaque na coluna lateral do Mel Na Lingua II.
    Como poderão observar, texto longo demais para ser aceite como simples comentário...

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  2. Foda-se! Eu sei que até ia comentar este post de forma eloquente e brilhante... Mas depois, assim de repente, a ideia foi-se-me. Caralho! ;)

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