"Vi em Roma, uma cidade de pescoços á espera que eu os mande cortar" - Caius Caligula

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Povo Que Vai Pagar A Crise Vos Acusa...

…Pelos factos que são públicos,

Pedro Santana Lopes (PSD) – Novo Assessor Jurídico da EDP, nomeado pelo ex-Ministro António Mexia, actual Presidente Executivo da EDP, indo usufruir de um ordenado de 10.000€;

Diogo Freitas do Amaral (CDS-PP)– Consultor da GALP entre 2003 e 2005 por 6.350€ mensais, com direito a gabinete e seguro de vida no valor de 70 vencimentos;

Miguel Horta e Costa (CDS-PP) – O seu filho, recém-licenciado, entrou para a GALP com 28 anos a receber 6.600€ mensais;

Guido Albuquerque (PSD) – Cunhado de Morais Sarmento, foi “transferido” da Esso para a GALP. Custo: 17 anos de antiguidade, vencimento de 17.400€ e seguro de vida no valor de 70 vencimentos;

Ferreira do Amaral (PSD) – Presidente do Conselho de Administração da GALP, num cargo não executivo, era remunerado simbolicamente:  3.000€ mensais pelas presenças, PPRs no valor de 10.000€. Total: 13.000€ de salário;

Aníbal Cavaco Silva (PSD) – Recebe actualmente as seguintes pensões: 4.152€ do Banco de Portugal, 2.328€ da Universidade Nova de Lisboa e 2.876€ pela reforma de Primeira Ministro. Acumula-as com o vencimento de Presidente da República;

Mira Amaral (PSD) – Saiu da Caixa Geral de Depósitos com uma reforma de gestor de 18.000€. Na altura acumulava uma pensão de 1.800€ como Deputado e 16.000€ como Administrador Executivo da Caixa Geral de Depósitos;

Scolari (Ex-Selecionador Nacional) – Recebeu por uma palestra de 45m, num evento dos CTT, a 14 de Janeiro de 2005, no Pavilhão Atlântico, a quantia de 19.000€;

Juiz Desembargador José Manuel Branquinho de Oliveira Lobo – Pensionista 438881 foi reformado, incapacitado para estar ao serviço do Estado, por Junta Médica, devido a doença do fórum psicológico.
Por resolução proferida a 30 de Julho de 2004, o Conselho de ministros do Governo de Santana Lopes, nomeou o Dr. Branquinho Lobo, como Director Nacional da Policia de Segurança Pública, passando a acumular o respectivo vencimento, com a sua pensão de magistrado.

António Marinho – Escreve no Expresso de 17 de Setembro, que os Magistrados têm ainda os seguintes privilégios: 
1 – Subsídio de renda de casa no valor de 700€, mesmo que residam em casa própria; 
2 – Se se tratar de um casal de Magistrados, ambos recebem o subsídio, passando a 1.400€ por “agregado familiar”; 
3 – Após acórdão do STA (dos próprios Magistrados), o subsidio referido está isento de IRS; 
4 – Os Magistrados do Supremo Tribunal Administrativo, do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Constitucional, que residam fora da Grande Lisboa, recebem ajudas de custos para as deslocações para o trabalho e acumulam essas ajudas, com a regalia de poderem viajar de forma grátis em todos os transportes públicos terrestres e fluviais, inclusive, nos serviços Alfa;

Alberto Costa, Ministro da Justiça (2005) - Nomeou a sua filha, Susana Isabel Costa Dutra, para prestar no seu gabinete, assessoria na manutenção dos conteúdos da página oficial do Ministério da Justiça, com efeito a partir de 10 de Outubro de 2005, pela remuneração mensal de 3.254€ acrescidos de subsídio de refeição (Despacho Nº 22237/2005 (2ª Série) de 23 de Outubro);

Manuel Serra – Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (2006) – Nomeou para Secretário Pessoal do Vice-Presidente Conselheiro Domingos Brandão de Pinho, o sobrinho do próprio, Filipe Pereira Brandão de Pinho, com efeito a 1 de Fevereiro de 2006 (Despacho 3849/2006 (2ª série) de 1 de Fevereiro).”

A compilação de registos de filhas-da-putelhice descrita acima não é da minha autoria, estando autorizada a sua divulgação.

Os factos compilados foram no entanto cruzados com outras fontes de informação, mostrando-se válidos.
Estes são alguns dos sacanas que promoveram e promovem a crise económica que agora, nós, os pelintras, temos que pagar. 

Como Viver Com 475€ / Mês

Quarto alugado em Lisboa (Inclui electricidade e água, Não pode fazer refeições) - 175€
Passe Social Carris e Metro - 30€
Um café por dia (Pequeno Almoço) - 0,55€ - 16,5€
Uma refeição quente por dia (Almoço) - 30 x 5€ - 150€
Uma sopa por dia (Jantar) - 30 x 1,5€ - 45€
Uma Sandes por dia (Reforço Jantar) - 1,30€ X 30 = 39€
Telemóvel (mês) - 10€

TOTAL em meses de 30 dias = 465,5€ (Sobra 9,5€)
TOTAL em meses de 31 dias = 473,85 (Sobra 1,15€)

Isto a preços de 2010,  pelo mais económico que se encontra.
Imaginem o que vai acontecer em 2011.

Um das conclusões a que se chega rapidamente é que, ou se come, ou se dorme debaixo da ponte ou se anda nú.

Imaginem quem tem menos e não tem apoio familiar...





sábado, 16 de outubro de 2010

Então é Assim:

Eu não votei nestes gajos!
Eu não votei nos gajos que costumam alternar com estes no poder!
Eu não admito que nenhum gajo, muito menos um pseudo intelectual armado em engenheiro me venha foder a vida, só porque isso agrada a meia dúzia de barrigudos europeus!
Por muito que a Constituição diga o contrário este gajo NÃO É nem NUNCA SERÁ o meu Primeiro Ministro!
Bardamerda para este Governo e para toda a corja de chupistas que andam a esfregar as hemorróidas pelas cadeiras da Assembleia da República!
Eu não pedi para nascer português!
Eu quero mais é que estes gajos todos vão fazer uma mamada ao IVA e sejam sodomizados pelo meu IRS!
Isto já não vai lá com palavras! Estamos a chegar à parte mais mal cheirosa do esgoto em que estamos enfiados há mais de 100 anos!
ELES meteram-nos na crise! ELES que nos tirem dela! Não tenho que pagar pela incompetência de ninguém!
Eu trabalho! Ganho o meu sustento! Faço pelo vida e não admito, mas não admito mesmo que nenhum cabrão interesseiro e demagogo me venha agora roubar o fruto do meu suor!
Bardamerda para eles todos, para toda a corja de engravatados assalariados pelos meus impostos!
Não se cruzem comigo na rua, caralho!
Nunca se esqueçam que a diferença entre um herói e um traidor, é apenas a de um momento na história! NUNCA SE ESQUEÇAM DISSO! E disso, tirem as conclusões que entenderem!


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eles Sabem Muito

Eram (segundo o Correio da Manhã Online) 23H26m, quando o Teixeira dos Santos entregou o Orçamento de Estado para 2011 ao Presidente da Assembleia da República, em mão e numa Pen Drive...
Sempre que os Governos liderados por Sócrates têm entregue Orçamentos de Estado, fazem-no tarde e a más horas.
Pergunto-me se, para além da falta de educação extrema em fazer esperar Jaime Gama, isto não será uma jogada para o Teixeira dos Santos, o motorista, os funcionários que mantêm a Assembleia da República aberta até estas horas, o próprio Jaime Gama e o infindável leque de serviçais que sempre rodeiam estas avantajadas barrigas do poder, meterem umas horas extraordinárias e, dessa forma, tentarem compensar para si próprios, parte do que vão perder com o aumento dos impostos e as reduções salariais.
Para além disso, porque é que um Governo que se diz "avant garde" nestas coisas das novas tecnologias e, tendo em conta que existirão circuitos de dados dedicados (e por isso, seguros) entre a Presidência do Concelho de Ministros e a Assembleia da República, a treta do documento que nos vai foder a vida no próximo ano, não vai parar ao Jaime Gama por rede de dados, em vez de andarem a gastar guito (o nosso guito) em pen drives, motoristas, horas extraordinárias e vassalagens.
Esta merda custa-nos dinheiro, porra!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Rasteira da Velha Raposa


Passo Coelho revelou, assim que tomou posse como dirigente máximo do PSD, o quão verdinho é nestas coisas da direcção política á séria…
Entrou num “acordo de cavalheiros” com o Sócrates, comprometendo-se a aprovar o último aumento de impostos, se o Governo efectuasse cortes na despesa pública.
Só se esqueceu foi que nestas coisas da política em geral e, deste Governo em particular, não existem cavalheiros…
Depois, vendo que o acordo não foi cumprido do lado do Governo, amuou e jurou com quantos credos tinha, que não falava mais com o Sócrates a sós e ainda, que não aprovaria nenhum Orçamento de Estado que implicasse mais aumentos de impostos…
Precipitado que é, por força da falta de prática nestas andanças da velhaca política, está num beco sem saída!
Está encurralado (não o Sócrates, mas o próprio Passos Coelho), porque se o Orçamento não for aprovado, o país fica ingovernável e é nas suas mãos que está o ónus dessa aprovação.
O Sócrates está-se marimbando, porque sem Orçamento, tem legitimidade política para se demitir e o foco da ingovernabilidade, vai apontar para Passos Coelho…

Assim, tem duas hipóteses:

1 – Faz passar o orçamento e deixa cair a sua palavra na lama, mas Portugal segue em frente e a credibilidade nos mercados financeiros, poderá estabilizar;
2 – Mantém a sua palavra e o País entra no caos, porque sem Orçamento não há Governo, não há credibilidade internacional e o fundo do poço fica cada vez mais próximo.
Das duas formas, Passos Coelho perde e isto foi o golpe de misericórdia do Sócrates, no principal partido da oposição…
Resta saber se perde só Passos Coelho, ou perdemos todos. Está nas suas mãos.
Eu acho que isto só lá vai com um valente golpe de estado e, se assim não for, a alternativa é ter mais do mesmo e isso só se conseguirá (infelizmente) com a aprovação do Orçamento e consequente descrédito de Passos Coelho.
Se não querem a alternativa do golpe de estado, então, vamos ver agora, se Passos Coelho tem o espírito estadista à frente do espírito partidário e, contra os seus próprios interesses, coloca Portugal em primeiro lugar.

Ninguém quer este Orçamento de Estado e ninguém quer mais impostos, mas com o bate-pé do Governo (que já sabemos que pode, quer, manda e está-se a borrifar para a população que empobrece cada vez mais e todos os dias), não há outra hipótese que a aprovação...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Eu Renuncio!

Eu renuncio!

Neste momento de aflição em que todos temos de dar as mãos e deixar de olhar só para o nosso umbigo, correspondo ao apelo de quem nos governa e de quem apoia quem nos governa, faço pública parte da lista do que o Estado criou e mantém para minha felicidade, e de que de estou disposto a patrioticamente prescindir.

Assim:

· Renuncio a boa parte dos institutos públicos criados com o propósito de me servir;

· Renuncio à maior parte das fundações públicas, privadas e àquelas que não se sabe se são públicas se privadas, mas generosamente alimentadas para meu proveito, com dinheiros públicos;


· Renuncio a ter um sector empresarial público com a dimensão própria de uma grande potência, dispensando-me dos benefícios sociais e económicos correspondentes;


· Renuncio ao bem que me faz ver o meu semelhante deslocar-se no máximo conforto de um automóvel de topo de gama pago com as minhas contribuições para o Orçamento do Estado, e nessa medida estou disposto a que se decrete que administradores das empresas públicas, directores e dirigentes dos mais variados níveis de administração, passem a utilizar os meios de transporte que o seu vencimento lhes permite adquirir;


· Renuncio à defesa dos direitos adquiridos e à satisfação que me dá constatar a felicidade daqueles que, trabalhando metade do tempo que eu trabalhei, garantiram há anos uma pensão correspondente a 5 vezes mais do que aquela que eu auferirei quando estiver a cair da tripeça;


· Renuncio ao PRACE e contento-me com uma Administração mais singela, compacta e por isso mais económica, começando por me resignar a que o governo seja composto por metade dos ministros e secretários de estado;


· Renuncio ao direito de saber o que propõem os partidos políticos nas campanhas pagas com milhões e milhões de euros que o Estado transfere para os partidos políticos, conformando-me com a falta de propaganda e satisfazendo-me com a frugalidade da mensagem política honesta, clara e simples;


· Renuncio ao financiamento público dos partidos políticos nos actuais níveis, ainda que isso tenha o custo do empobrecimento desta democracia, na mesma mesmísisma medida do corte nas transferências;


· Renuncio ao serviço público de televisão e aceito, contrariado, assistir às mesmas sessões de publicidade na RTP, agora nas mãos de um qualquer grupo privado;


· Renuncio a mais submarinos, a mais carros blindados, a mais missões no estrangeiro dos nossos militares, bem sabendo que assim se põe em perigo a solidez granítica da nossa independência nacional e o prestígio de Portugal no mundo;



· Renuncio ao sossego que me inspira a produtividade assegurada por mais de 230 deputados na Assembleia da República, estando disposto a sacrificar-me apoiando - com tristeza - a redução para metade dos nossos representantes;



· Renuncio, com enorme relutância, a fazer o percurso Lisboa-Madrid em 3h e 30m, dispondo-me - mesmo que contrariado mas ciente do que sacrificio que faço pela Pátria - a fazer pelo ar por metade do custo o mesmo percurso em 1 h e picos, ainda que não em Alta Velocidade;



· Renuncio ao conforto de uma deslocação de 50 km desde minha casa até ao futuro aeroporto de Lisboa para apanhar o avião para Madrid em vez do TGV, apesar da contrariedade que significa ter de levantar voo e aterrar pertinho da minha casa.



· Renuncio a mais auto-estradas, conformando-me, com muito pena, com a reabilitação da rede nacional de estradas ao abandono e lastimando perder a hipótese de mudar de paisagem escolhendo ir para o mesmo destino entre três vias rápidas todas pagas com o meu dinheiro, para além de correr o triste risco de assistir à liquidação da Estradas de Portugal, EP;


In revista 4R by Artur Penedo

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Deputados Passam Fome!!!.....

O deputado do PS Ricardo Gonçalves quer que a cantina da AR abra "à hora de jantar" para acudir aos deputados, que "são de longe os mais atingidos na carteira" pelas medidas de austeridade, já "quase não tendo dinheiro para comer".

Ao CM, Ricardo Gonçalves queixou-se de que, além de uns miseráveis 3700 euros de vencimento, apenas recebe mais "60 euros de ajudas de custos por dia" para "viagens, alojamento e comer fora".

Compreende-se o seu desalento.

O deputado Gonçalves deixou uma próspera carreira de professor para, respondendo ao chamamento cívico, passar a deputar na AR, e agora tem que se governar com 3700 euros por mês mais 60 euros por dia para "viagens, alojamento e comer fora".

Deputados esfomeados é coisa horrível de ver (dir-se-á que Ricardo Gonçalves não representa a “deputação”, mas o facto de Maria José Nogueira Pinto lhe haver em tempos chamado "palhaço" confere-lhe desde logo ampla representatividade).

Justifica-se que, no próximo PEC, o Governo poupe um pouco mais no subsídio de desemprego e no Rendimento Social de Inserção.

Ou nas pensões, cujo valor médio já anda pelos 397,17 euros, o que faz dos pensionistas "de longe os menos atingidos na carteira".

Com essa redução da despesa poder-se-á servir uma ceia de Natal condigna na cantina da AR.

Texto de Manuel António Pina

Ora aqui está mais um que anda a precisar de uns valentes tabefes!

Abraço

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mais Uma Golpada de Um Gestor Público - Leia-se CALHORDA

Jorge Viegas Vasconcelos, despediu-se da ERSE por não concordar com um aumento tão BAIXO do preço da electricidade e vai para casa com uma indemnização de 12.000€ / mês, até encontrar trabalho e por um máximo de 2 anos.
Leram bem.... DESPEDIU-SE
Assim, e pelos vistos, pelo menos alguns gestores públicos têm LARGAS VANTAGENS em demitir-se!!!
Vejam bem a cara dele, para o agredirem quando o virem na rua. É o mínimo, já que o Estado permite isto, alguma forma de justiça tem que ser feita!
É isto um apertar de cinto?
É isto gerir bem dinheiros públicos?
É isto comprometer as pessoas com os cargos que ocupam?
Como já tenho referido anteriormente, é fácil criar medidas de austeridade, quando os grandes e poderosos ficam imunes!
Mais um a candidatar-se a um banho de Napalm.
Faltou dizer que este caso remonta a 2009, mas isso não serve de desculpa nem diminui a calhordice que rodeou esta questão.

Abraço solidário a todos os fecundados. 

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Governo Activo Sodomiza Tugas Passivos

 A nova acção de sodomização por parte do Governo de Portugal, acaba de ser anunciada.
Cortes entre 3,5% e 10% no pacote salarial dos funcionários públicos que ganham acima dos 1.500,00€.
Aumento do I.V.A e redução dos benefícios fiscais – Para mais uma vez, TODOS pagarem a crise.
Redução da contratação pública – Para engordar as filas dos Centros de Emprego.
Redução das prestações sociais – Para os mais pobres contribuírem para resolver as asneiras criadas pelos mais ricos.
Aumento da taxação pública (Taxas de Serviços Públicos).
Revisão do Sistema de Coimas.
Corte de despesa de 20% com a frota automóvel do Estado.
… E por aí fora!
Quer isto dizer que, embora a 1ª medida de cortes salariais não possa deixar de ser compreensível, mais ainda quando só afecta quem ganha bem mais do que a média dos portugueses, tudo o resto afecta TODOS.
Se juntarmos a isto, o cancelamento da comparticipação total dos medicamentos para os mais necessitados (anunciada bem antes deste pacote, porque é das mais impopulares e iria imprimir um tom ainda mais negro a esta última conferência de imprensa), temos a receita perfeita para mais falências, aumento do desemprego, mais, e mais generalizada, pobreza, mais bancos de jardim a servir de casas e mais crime, mais violência.
E isto chega? Ninguém sabe…
Mas todos sabemos que não há limites para o que o Governo nos rouba. O cinto do povo tem quase infinitos furos…
O que eu continuo a achar, é que já é quase milagre que ainda não tenha havido um banho de sangue neste país…
Mas esse banho de sangue virá! É tudo uma questão de tempo… O povo é sereno, mas o povo, um dia, chateia-se!
PS – O último aumento de IVA apenas serviu para ajudar a pagar um dos Submarinos do Portas. Estes novos 2% vão pagar o quê? A pista principal do novo Aeroporto, ou uma ou duas composições do TGV?

domingo, 19 de setembro de 2010

Oktoberfest - Nem Só os Tugas são Idiotas


Pela primeira vez na história, o Oktoberfest - Festival de Cerveja de Munique, abre as suas portas com a proibição de fumar no interior dos gigantescos recintos onde decorre.

Num local, onde as autoridades se preocupam com os cigarros que se poderão fumar, mas não com as litradas que se podem beber e suas consequências igualmente maléficas para a saúde, existe agora uma preocupação acrescida...
Como disfarçar o mau odor da cerveja morta, do suor, do chulé, dos grelhados e fritos que paira no ar, antes disfarçado pelo perfume do cigarro?
Estão a recorrer a "bactérias" especializadas. Ora aqui está uma exemplar aplicação de produção biológica para "controlo ambiental".
No entanto, não é o suor, nem o chulé, nem o odor a fritos e grelhados, nem tão pouco a cerveja morta, que me traz a este artigo.
O que me fez escrever isto, é a escandaleira em que se encontra o meu raciocínio lógico, por privarem os fumadores de saborearem o seu pequeno prazer em conjunto com a cerveja, vendendo esse verdadeiro atentado ao fígado, vesícula, cérebro, pâncreas e estômago, aos hectolitros.
Atenção.... Nada contra uma boa cerveja (adoro) e também nada contra um bom cigarro( Principalmente SG Ventil)... Só não entendo que se faça de um produto igualmente nocivo (porque não se bebe só um copinho...) um Festival, enquanto se proíbe o outro....
Interesses económicos? Claro.... Tudo o que mexe no dito "mundo civilizado", é por interesse económico de alguém.
Tradição? Bem.... Desculpa muitas atrocidades, como touradas e afins... Porque não, desculpar esta incongruência também...
Quanto a mim, não dispenso um bom cigarro a acompanhar uma boa cerveja. 
Como tal, I'm Out!!!!!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ainda Quero Acreditar...

Que José Sócrates há-de acabar os seus dias numa cama de um lar de terceira idade imundo, a cheirar a mijo e a ser alimentado por sondas, sem poder tocar na reforma que vai direitinha para a instituição que o aturará nesses últimos dias... 30% para os gastos com fraldas.
Que Teixeira dos Santos há-de acabar a mendigar à porta do Metro e ninguém lhe dará um cêntimo;
Que Augusto Santos Silva será sepultado no fundo do oceano, encaixotado num dos seus submarinos milionários que irá submergir para não mais vir à tona, um dia em que ele esteja a bordo;
Que Rui Pereira será raptado por um bando da Cova da Moura e imolado bem no meio do bairro por 10 negros de 30cm cada um;
Que Alberto Martins, acabará os seus dias preso preventivamente por um crime que não cometeu;
Que António Serrano será envenenado por mercúrio depois de ter sido obrigado a comer 10 quilos de sardinha espanhola;
Que António Mendonça acabará desmembrado por um qualquer TGV;
Que Dulce Pássaro será mergulhada durante 20 minutos, sem poder vir à tona, no meio da Lagoa de Albufeira, depois desta ser alvo de despejo de resíduos tóxicos;
Que Helena André ficará sem emprego, passando o resto dos seus dias a viver do Fundo de Desemprego, do Rendimento Social de Inserção e sem esmolas complementares;
Que Ana Jorge sofrerá uma amputação aguda com indícios de septicémia a 5 horas de carro do hospital mais próximo;
Que Isabel Alçada será abandonada no meio de uma centena de estudantes universitários embriagados em plena festa académica, depois de passar no meio do cortejo, bem ao lado do carro da Agronomia, que a brindará com arremessos de bosta de porco;

Sonhar é fácil e (ainda) é de borla....

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Poder do Vernáculo!

Ele há lá coisa melhor, para desopilar os fígados, abrir a luz ao horizonte, descomprimir e baixar a tensão arterial, do que soltar uma boa caralhada de vez em quando ou, quando o excesso de stress o exige, bem mais amiúde?
Não há nada,  absolutamente nada mais libertador, do que soltar um simples e exclamativo "Foda-se", ou mesmo acabar uma frase com "vírgula, Foda-se"!
A quantidade de energia libertada neste simples acto oratório, é quase tão grande e intensa, como chamar o falo do sujeito em vez do sujeito propriamente dito, como por exemplo, "O Caralho do Portas, ou o Caralho do Marcelo..."... Ou até mesmo "O Caralho do Sócrates"!!!
Pessoalmente, sou um adepto incondicional da utilização deste tipo de vernáculo em jeito de terapia comum...
Acho que quem diz "foda-se" ou "caralho", vive tão mais tempo, quanto a frequência com que solta este substancial "drunf", quer em jeito de sujeito em si, como em jeito de verbo (Verbo Caralhar).
Não se entende no entanto, o acto quase instintivo de comparar o pai da humanidade às coisas mais funestas, vejam-se os exemplos "É fodido pra caralho", "É mau como o caralho"...
Já o enviar o oponente para o seu progenitor, parece-me mais provido de lógica, pois é enviá-lo às origens e como tal, quase dizer-lhe que não devia de ter vindo por aqui (Vai pró Caralho, ou mesmo, Ide para o Caralinho). No entanto, não tem a força da remessa para a "Cona da mãe"... Fenómeno ainda por interpretar...
Devia de ser ao contrário. Afinal, é mais fácil caber-se na cona da mãe, que no caralho, mas enfim... Meras questões de física quântica...
Ainda, por outro lado, compreende-se a negatividade impressa á expressão "É fodido", principalmente quando dita por um macho... Penso que neste ponto, não necessito de explanar a questão aos homens. Todos eles de uma forma geral, instintivamente, compreendem o significado.
Agora vou-me por no caralho, que acabou a hora do almoço e preciso de continuar o trabalho, foda-se!

Rentrée Política

Acabou-se o semi-sossego da época estival. O circo está a chegar ao Parlamento Nacional

sábado, 4 de setembro de 2010

O Que Mudou no Caso "Casa Pia", Desde a Leitura do Acórdão de Ontem

Desde o meio da tarde de ontem que:
As "Alegadas Vítimas", já podem ser chamadas de "Vítimas";
Os "Alegados Pedófilos", já podem ser chamados de "Pedófilos".
Os "Alegados Lenócitos", já podem ser chamados de "Lenócitos"
Em suma, já podemos esquecer a palavra "alegado" antes de cada adjectivo, sempre que nos referimos às partes opostas do processo judicial.
E é tudo...
Cerca de 4 horas de leitura de acórdão, apenas para isto.
Agora virão os recursos e os recursos dos recursos...
Quem estava preso, preso fica, quem estava à solta, à solta fica. Afinal "sem trânsito em julgado", cada recurso suspende a decisão judicial tomada e tudo se arrastará. A execução de penas não pode ser levada a cabo...
Tudo se arrastará e com o tempo que a nossa justiça leva e as possibilidades de recurso quase infinitas, tudo se irá manter até à prescrição dos crimes.
As idemnizações a pagar às vitimas estão suspensas por interposição de recurso, bem como as penas de prisão atribuídas.
O que todos prevíamos confere! Os pobres vão de cana, os ricos ficam de fora e, mesmo condenados a penas de prisão efectiva, conseguem, poucas horas depois da condenação, participar em debates televisivos sobre os casos em que acabam de ser julgados.
É Portugal no seu melhor que, nestas coisas de "Justiça", parece-se mais com um circo.
Mas eu não esqueci que de acordo com o que veio a público, os mesmos indícios que levaram alguns ao banco dos réus, deixaram alguns poderosos... ou com padrinhos poderosos, bem de fora e bem à margem de tudo isto.
Como gosto de chamar os bois pelos nomes, refiro-me a Paulo Pedroso, Freitas do Amaral... e muitos, muitos outros que continuam na sombra...
Daqui a 20 anos, voltaremos a falar sobre isto. Nada vai mudar até lá.

Ahhh. Ia-ma esquecendo... A dona da casa de Elvas foi absolvida... mas isso até parece insignificante... Tão insignificante que eu até me esqueci. Afinal, deu o tecto mas não comeu ninguém...




sábado, 28 de agosto de 2010

FMI - Fundo Monetário Internacional

Felizmente, há muitos que não se deixam enganar…
Interpretadores do passado e do presente… Visionários…
Pessoas com dois dedos de testa, que recusam a inclusão num grande rebanho mundial, liderado por meia dúzia de pastores sedentos de poder, dinheiro e sangue.
Pessoas que poderiam fazer a diferença e, dentro do que podem e sabem, bem o tentam…
Eu, tento com este blog que ainda (quase) ninguém lê…
Outros, com mais arte, lá se vão (ou iam) conseguindo fazer ouvir por mais gente e depois… depois têm a enorme e invejável capacidade de escrever autênticas obras de arte, para declamar e cantar, como por exemplo, a transcrita abaixo…
O texto, segundo o seu autor, “escrito de um só jorro”, numa noite de Fevereiro de 1979, espelha uma visão sem dogmas e sem preconceitos, sobre a ordem nacional e até mesmo mundial.
Está, obviamente, desactualizado nas personagens mas, mude-se o nome do Papa, dos grandes lideres mundiais, dos actores políticos nacionais e de uma ou outra telenovela e poderia ter sido escrito hoje…
Pois troquem um pouco do vosso tempo, pela leitura do texto abaixo e verão que não terá sido em vão. Tão-pouco, tempo perdido.



“Cachucho não é coisa que me traga a mim
Mais novidade do que lagostim
Nariz que reconhece o cheiro do pilim
Distingue bem o Mortimor do Meirim
A produtividade, ora aí está, quer dizer
Há tanto nesta terra que ainda está por fazer
Entrar por aí a dentro, analisar, e então
Do meu 'attaché-case' sai a solução!


FMI Não há graça que não faça o FMI
FMI O bombástico de plástico para si
FMI Não há força que retorça o FMI


Discreto e ordenado mas nem por isso fraco
Eis a imagem 'on the rocks' do cancro do tabaco
Enfio uma gravata em cada fato-macaco
E meto o pessoal todo no mesmo saco
A produtividade, ora aí está, quer dizer
Não ando aqui a brincar, não há tempo a perder
Batendo o pé na casa, espanador na mão
É só desinfectar em superprodução!


FMI Não há truque que não lucre ao FMI
FMI O heróico paranóico hara-kiri
FMI Panegírico, pro-lírico daqui


Palavras, palavras, palavras e não só
Palavras para si e palavras para dó
A contas com o nada que swingar o sol-e-dó
Depois a criadagem lava o pé e limpa o pó
A produtividade, ora nem mais, célulazinhas cinzentas
Sempre atentas
E levas pela tromba se não te pões a pau
Num encontrão imediato do 3º grau!


FMI Não há lenha que detenha o FMI
FMI Não há ronha que envergonhe o FMI
FMI ...


Entretém-te filho, entretém-te, não desfolhes em vão este malmequer que bem-te-quer, mal-te-quer, vem-te-quer, ovomalt'e-quer, messe gigantesca, vem-te vindo, vim na cozinha, vim na casa-de-banho, vim no Politeama, vim no Águia D'ouro, vim em toda a parte, vem-te filho, vem-te comer ao olho, vem-te comer à mão, olha os pombinhos pneumáticos que te arrulham por esses cartazes fora, olha a Música no Coração da Indira Gandi, olha o Moshe Dayan que te traz debaixo d'olho, o respeitinho é muito lindo e nós somos um povo de respeito, né filho? Nós somos um povo de respeitinho muito lindo, saímos à rua de cravo na mão sem dar conta de que saímos à rua de cravo na mão a horas certas, né filho? Consolida filho, consolida, enfia-te a horas certas no casarão da Gabriela que o malmequer vai-te tratando do serviço nacional de saúde. Consolida filho, consolida, que o trabalhinho é muito lindo, o teu trabalhinho é muito lindo, é o mais lindo de todos, como o Astro, não é filho? O cabrão do Astro entra-te pela porta das traseiras, tu tens um gozo do caraças, vais dormir entretido, não é? Pois claro, ganhar forças, ganhar forças para consolidar, para ver se a gente consegue num grande esforço nacional estabilizar esta destabilização filha-da-puta, não é filho? Pois claro! Estás aí a olhar para mim, estás a ver-me dar 33 voltinhas por minuto, pagaste o teu bilhete, pagaste o teu imposto de transacção e estás a pensar lá com os teus zodíacos: Este tipo está-me a gozar, este gajo quem é que julga que é? Né filho? Pois não é verdade que tu és um herói desde de nascente? A ti não é qualquer totobola que te enfia o barrete, meu grande safadote! Meu Fernão Mendes Pinto de merda, né filho? Onde está o teu Extremo Oriente, filho? A-ni-ki-bé-bé, a-ni-ki-bó-bó, tu és Sepúlveda, tu és Adamastor, pois claro, tu sozinho consegues enrabar as Nações Unidas com passaporte de coelho, não é filho? Mal eles sabem, pois é, tu sabes o que é gozar a vida! Entretém-te filho, entretém-te! Deixa-te de políticas que a tua política é o trabalho, trabalhinho, porreirinho da Silva, e salve-se quem puder que a vida é curta e os santos não ajudam quem anda para aqui a encher pneus com este paleio de Sanzala em ritmo de pop-chula, não é filho? A one, a two, a one two three

FMI dida didadi dadi dadi da didi
FMI ...


Come on you son of a bitch! Come on baby a ver se me comes! 'Camóne' Luís Vaz, amanda-lhe com os decassílabos que eles já vão saber o que é meterem-se com uma nação de poetas! E zás, enfio-te o Manuel Alegre no Mário Soares, zás, enfio-te o Ary dos Santos no Álvaro de Cunhal,zás, enfio-te a Natalia Correia no Sá Carneiro, zás, enfio-te o Zé Fanha no Acácio Barreiros, zás, enfio-te o Pedro Homem de Melo no Parque Mayer e acabamos todos numa sardinhada ao integralismo Lusitano, a estender o braço, meio Rolão Preto, meio Steve McQueen, ok boss, tudo ok, estamos numa porreira meu, um tripe fenomenal, proibido voltar atrás, viva a liberdade, né filho? Pois, o irreversível, pois claro, o irreversívelzinho, pluralismo a dar com um pau, nada será como dantes, agora todos se chateiam de outra maneira, né filho? Ora que porra, deixa lá correr o marfil, homem, andas numa alta, pá, é assim mesmo, cada um a curtir a sua, podia ser tão porreiro, não é? Preocupações, crises políticas pá? A culpa é dos partidos pá! Esta merda dos partidos é que divide a malta pá, pois pá, é só paleio pá, o pessoal na quer é trabalhar pá! Razão tem o Jaime Neves pá! (Olha deixaste cair as chaves do carro!) Pois pá! (Que é essa orelha de preto que tens no porta-chaves?) É pá, deixa-te disso, não destabilizes pá! Eh, faz favor, mais uma bica e um pastel de nata. Uma porra pá, um autentico desastre o 25 de Abril, esta confusão pá, a malta estava sossegadinha, a bica a 15 tostões, a gasosa a sete e coroa... Tá bem, essa merda da pide pá, Tarrafais e o carágo, mas no fim de contas quem é que não colaborava, ah? Quantos bufos é que não havia nesta merda deste país, ah? Quem é que não se calava, quem é que arriscava coiro e cabelo, assim mesmo, o que se chama arriscar, ah? Meia dúzia de líricos, pá, meia dúzia de líricos que acabavam todos a fugir para o estrangeiro, pá, isto é tudo a mesma carneirada! Oh sr. guarda venha cá, á, venha ver o que isto é, é, o barulho que vai aqui, i, o neto a bater na avó, ó, deu-lhe um pontapé no cu, né filho? Tu vais conversando, conversando, que ao menos agora pode-se falar, ou já não se pode? Ou já começaste a fazer a tua revisãozinha constitucional tamanho familiar, ah? Estás desiludido com as promessas de Abril, né? As conquistas de Abril! Eram só paleio a partir do momento que tas começaram a tirar e tu ficaste quietinho, né filho? E tu fizeste como o avestruz, enfiaste a cabeça na areia, não é nada comigo, não é nada comigo, né? E os da frente que se lixem... E é por isso que a tua solução é não ver, é não ouvir, é não querer ver, é não querer entender nada, precisas de paz de consciência, não andas aqui a brincar, né filho? Precisas de ter razão, precisas de atirar as culpas para cima de alguém e atiras as culpas para os da frente, para os do 25 de Abril, para os do 28 de Setembro, para os do 11 de Março, para os do 25 de Novembro, para os do... que dia é hoje, ah?

FMI Dida didadi dadi dadi da didi
FMI ...


Não há português nenhum que não se sinta culpado de qualquer coisa, não é filho? Todos temos culpas no cartório, foi isso que te ensinaram, não é verdade? Esta merda não anda porque a malta, pá, a malta não quer que esta merda ande, tenho dito. A culpa é de todos, a culpa não é de ninguém, não é isto verdade? Quer-se dizer, há culpa de todos em geral e não há culpa de ninguém em particular! Somos todos muita bons no fundo, né? Somos todos uma nação de pecadores e de vendidos, né? Somos todos, ou anti-comunistas ou anti-faxistas, estas coisas até já nem querem dizer nada, ismos para aqui, ismos para acolá, as palavras é só bolinhas de sabão, parole parole parole e o Zé é que se lixa, cá o pintas é sempre o mexilhão, eu quero lá saber deste paleio vou mas é ao futebol, pronto, viva o Porto, viva o Benfica! Lourosa! Lourosa! Marrazes! Marrazes! Fora o arbitro, gatuno! Qual gatuno, qual caralho! Razão tinha o Tonico de Bastos para se entreter, né filho? Entretém-te filho, com as tuas viúvas e as tuas órfãs que o teu delegado sindical vai tratando da saúde aos administradores, entretém-te, que o ministro do trabalho trata da saúde aos delegados sindicais, entretém-te filho, que a oposição parlamentar trata da saúde ao ministro do trabalho, entretém-te, que o Eanes trata da saúde à oposição parlamentar, entretém-te, que o FMI trata da saúde ao Eanes, entretém-te filho e vai para a cama descansado que há milhares de gajos inteligentes a pensar em tudo neste mesmo instante, enquanto tu adormeces a não pensar em nada, milhares e milhares de tipos inteligentes e poderosos com computadores, redes de policia secreta, telefones, carros de assalto, exércitos inteiros, congressos universitários, eu sei lá! Podes estar descansado que o Teng Hsiao-ping está a tratar de ti com o Jimmy Carter, o Brezhnev está a tratar de ti com o João Paulo II, tudo corre bem, a ver quem se vai abotoar com os 25 tostões de riqueza que tu vais produzir amanhã nas tuas oito horas. A ver quem vai ser capaz de convencer de que a culpa é tua e só tua se o teu salário perde valor todos os dias, ou de te convencer de que a culpa é só tua se o teu poder de compra é como o rio de S. Pedro de Moel que se some nas areias em plena praia, ali a 10 metros do mar em maré cheia e nunca consegue desaguar de maneira que se possa dizer: porra, finalmente o rio desaguou! Vão te convencer de que a culpa é tua e tu sem culpa nenhuma, tens tu a ver, tens tu a ver com isso, não é filho? Cada um que se vá safando como puder, é mesmo assim, não é? Tu fazes como os outros, fazes o que tens a fazer, votas à esquerda moderada nas sindicais, votas no centro moderado nas deputais, e votas na direita moderada nas presidenciais! Que mais querem eles, que lhe ofereças a Europa no natal?! Era o que faltava! É assim mesmo, julgam que te levam de mercedes, ora toma, para safado, safado e meio, né filho? Nem para a frente nem para trás e eles que tratem do resto, os gatunos, que são pagos para isso, né? Claro! Que se lixem as alternativas, para trabalho já me chega. Entretém-te meu anjinho, entretém-te, que eles são inteligentes, eles ajudam, eles emprestam, eles decidem por ti, decidem tudo por ti, se hás-de construir barcos para a Polónia ou cabeças de alfinete para a Suécia, se hás-de plantar tomate para o Canada ou eucaliptos para o Japão, descansa que eles tratam disso, se hás-de comer bacalhau só nos anos bissextos ou hás-de beber vinho sintético de Alguidares-de-Baixo! Descansa, não penses em mais nada, que até neste país de pelintras se acho normal haver mãos desempregadas e se acha inevitável haver terras por cultivar! Descontrai baby, come on descontrai, afinfa-lhe o Bruce Lee, afinfa-lhe a macrobiótica, o biorritmo, o hoscópio, dois ou três ovniologistas, um gigante da ilha de Páscoa e uma Grace do Mónaco de vez em quando para dar as boas festas às criancinhas! Piramiza filho, piramiza, antes que os chatos fujam todos para o Egipto, que assim é que tu te fazes um homenzinho e até já pagas multa se não fores ao recenseamento. Pois pá, isto é um país de analfabetos, pá! Dá-lhe no Travolta, dá-lhe no disco-sound, dá-lhe no pop-chula, pop-chula pop-chula, iehh iehh, J. Pimenta forever! Quanto menos souberes a quantas andas melhor para ti, não te chega para o bife? Antes no talho do que na farmácia; não te chega para a farmácia? Antes na farmácia do que no tribunal; não te chega para o tribunal? Antes a multa do que a morte; não te chega para o cangalheiro? Antes para a cova do que para não sei quem que há-de vir, cabrões de vindouros, ah? Sempre a merda do futuro, a merda do futuro, e eu ah? Que é que eu ando aqui a fazer? Digam lá, e eu? José Mário Branco, 37 anos, isto é que é uma porra, anda aqui um gajo cheio de boas intenções, a pregar aos peixinhos, a arriscar o pêlo, e depois? É só porrada e mal viver é? O menino é mal criado, o menino é 'pequeno burguês', o menino pertence a uma classe sem futuro histórico... Eu sou parvo ou quê? Quero ser feliz porra, quero ser feliz agora, que se foda o futuro, que se foda o progresso, mais vale só do que mal acompanhado, vá mandem-me lavar as mãos antes de ir para a mesa, filhos da puta de progressistas do caralho da revolução que vos foda a todos! Deixem-me em paz porra, deixem-me em paz e sossego, não me emprenhem mais pelos ouvidos caralho, não há paciência, não há paciência, deixem-me em paz caralho, saiam daqui, deixem-me sozinho, só um minuto, vão vender jornais e governos e greves e sindicatos e policias e generais para o raio que vos parta! Deixem-me sozinho, filhos da puta, deixem só um bocadinho, deixem-me só para sempre, tratem da vossa vida que eu trato da minha, pronto, já chega, sossego porra, silêncio porra, deixem-me só, deixem-me só, deixem-me só, deixem-me morrer descansado. Eu quero lá saber do Artur Agostinho e do Humberto Delgado, eu quero lá saber do Benfica e do bispo do Porto, eu quero se lixe o 13 de Maio e o 5 de Outubro e o Melo Antunes e a rainha de Inglaterra e o Santiago Carrilho e a Vera Lagoa, deixem-me só porra, rua, larguem-me, desopila o fígado, arreda, T'arrenego Satanás, filhos da puta. Eu quero morrer sozinho ouviram? Eu quero morrer, eu quero que se foda o FMI, eu quero lá saber do FMI, eu quero que o FMI se foda, eu quero lá saber que o FMI me foda a mim, eu vou mas é votar no Pinheiro de Azevedo se eu tornar a ir para o hospital, pronto, bardamerda o FMI, o FMI é só um pretexto vosso seus cabrões, o FMI não existe, o FMI nunca aterrou na Portela coisa nenhuma, o FMI é uma finta vossa para virem para aqui com esse paleio, rua, desandem daqui para fora, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe...

Mãe, eu quero ficar sozinho... Mãe, não quero pensar mais... Mãe, eu quero morrer mãe.
Eu quero desnascer, ir-me embora, sem ter que me ir embora. Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento. E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. Partir e aí nessa viajem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar...


Assim mesmo, como entrevi um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o azul dos operários da Lisnave a desfilar, gritando ódio apenas ao vazio, exército de amor e capacetes, assim mesmo na Praça de Londres o soldado lhes falou: Olá camaradas, somos trabalhadores, eles não conseguiram fazer-nos esquecer, aqui está a minha arma para vos servir. Assim mesmo, por detrás das colinas onde o verde está à espera se levantam antiquíssimos rumores, as festas e os suores, os bombos de Lavacolhos, assim mesmo senti um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o bater inexorável dos corações produtores, os tambores. De quem é o carvalhal? É nosso! Assim te quero cantar, mar antigo a que regresso. Neste cais está arrimado o barco sonho em que voltei. Neste cais eu encontrei a margem do outro lado, Grandola Vila Morena. Diz lá, valeu a pena a travessia? Valeu pois.

Pela vaga de fundo se sumiu o futuro histórico da minha classe, no fundo deste mar, encontrareis tesouros recuperados, de mim que estou a chegar do lado de lá para ir convosco. Tesouros infindáveis que vos trago de longe e que são vossos, o meu canto e a palavra, o meu sonho é a luz que vem do fim do mundo, dos vossos antepassados que ainda não nasceram. A minha arte é estar aqui convosco e ser-vos alimento e companhia na viagem para estar aqui de vez. Sou português, pequeno burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro, faltam-me dentes. Sou o Zé Mário Branco, 37 anos, do Porto, muito mais vivo que morto, contai com isto de mim para cantar e para o resto.”



Por José Mário Branco


Afinal, Nem Tudo Está Perdido...



 Hoje, ao abrir o “Badaladas”, Jornal Regional que abrange a geografia da minha mui querida terra de adopção,  A Dos Cunhados, edição de 27 de Agosto (ontem), deparei na pág. 23, com um artigo sobre jornalismo português, assinado por um tal de Alexandre Fernandes…

O que passa despercebido à generalidade dos leitores (até porque não existe foto do autor), é que este “Alexandre, morador no quadrante oriental do Concelho de Torres Vedras (para não divulgar a povoação e assim, manter a sua privacidade), tem apenas 14 anos.
Debaixo dos seus 14 anos ainda frescos, escreve como um adulto, opinando de forma coerente, com ideias concretas e definidas.
Ainda, tem opinião sobre algo, que não musica, saídas á noite, cinema, internet ou roupa da moda …
Escreve (e não só neste artigo), sem trocar os “CHs”, os dois “Ss”, ou o fim das palavras por “X”, ou os “Os” que se lêem “Us” por “Us” ou “UHs”.
Vejo isto como uma lufada de ar fresco, no que considero tratar-se de uma geração de cultura medíocre e com um futuro em tudo, menos risonho.
Alguém com esta idade, que entende o “sentido das coisas”, que mostra apetência por “saber” e que tem interesse nas coisas do mundo real, nos tempos que correm, eu até arrisco afirmar que tens sérias possibilidades de ser vítima daqueles da sua geração, que nele vêem um inimigo da cultura suburbana que vinga nos dias de hoje, em que o que está a dar, é sexo, mentiras, youtube, muita net, dialectos ininteligíveis e muita porrada nos professores.
Ainda, estamos a falar do “Badaladas”…
O artigo a que me refiro, muito provavelmente, não teria lugar num jornal de tiragem nacional, até porque existem demasiados acidentes de viação, crimes, escândalos políticos e económicos para ocuparem as páginas desses jornais e, estes, tendo que se dobrar aos gostos de leitura dos portugueses, dão prioridade ao sangue…
Se, por acaso, o artigo a que me refiro, tivesse honras de edição num jornal maior, o nome do autor nunca iria aparecer. Provavelmente, seria assinado por alguém com nome na praça…
Os mais próximos do meio, bem sabem que muitos dos artigos que lemos em muitos jornais, são construídos, escritos por estagiários e, assinados pelo seu tutor de estágio…
Parabéns Alexandre, por marcares a diferença de uma geração e que muitos e muitas te sigam.
Segue abaixo o artigo a que me referi no início deste texto:

“Já se contam os meses que aqui não escrevo. Podia ter comentado tanta coisa. Da tragédia do Haiti, à tragédia na Madeira. Do “manso é a tua tia pá” de José Sócrates dirigido a Francisco Louça ou da mudança da ministra da Educação. Podia ter comentado a morte do escritor José Saramago como também a morte do jornal 24 Horas. Ou então ter falado do desemprego dos portugueses e do aumento do IVA. E agora no Verão falar deste calor que se faz sentir no nosso país ou então do caso de Francisco Leitão, que é suspeito de ter assassinado tês jovens. Feira de São Pedro ou Carnaval de Verão que ocorreu em Santa Cruz ou do Mundial onde o vencedor foi a selecção espanhola? Também podia ter escrito, tal como o ano passado, da prestação dos Portugal no Festival da Eurovisão. Portugal é tão pequeno, mas o que não falta são notícias que dêem que falar.
Já ninguém pode dizer que não há assuntos para falar, que já não há notícias para fazer, que Portugal já não tem novidades e que ninguém pode opinar algo sobre o país. Os jornalistas são os portadores “do que se passa por cá”. Todos deveriam gostar do jornalismo português. Tenho a certeza que nem todos os portugueses se apercebem disso. O jornalismo é muito importante para o país e para o mundo.
Como seria o país sem notícias? Como saberíamos o que se passava com o nosso país e com o mundo?
Admiro e respeito todos os jornalistas de Portugal, mesmo que errem, como todos erram por vezes a nível profissional. Não digo que o jornalismo seja maravilhoso, pois também tem os seus malefícios, tal como todas as profissões.”
By Alexandre Fernandes In “Badaladas” 

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Uma vitória estrondosa sobre a Europa. Lá disse alguém que os últimos serão os primeiros...

O nosso PM deve ter colocado qualquer coisa na água… ou até mesmo na cerveja que bebo… Não sei porquê, tenho sentido alguma falta de vontade de escrever sobre ele…
Mas é claro que não é possível passar ao lado das “excelentes noticias para a economia portuguesa” – segundo as suas próprias declarações, que são, termos o 4º pior crescimento em cadeia e ficado a meio termo na comparação homóloga, numa tabela constituída por 17 países europeus.
Portanto pelo raciocínio do dito cujo, concluo que ficar em último é uma excelente notícia e ficar a meio da tabela na comparação com igual período do ano passado, também…
Pergunto-me se este gajo bate bem da pinha, se acha que todos nós somos estúpidos, ou se na realidade, não será um infiltrado de uma qualquer seita fundamentalista que viu em Portugal, uma porta aberta para minar o Ocidente com políticas incompetentes que levam à auto-destruição.
Extrapolando este raciocínio para mais próximo do seu limite, será Pinto de Sousa um infiltrado da Al-Qaeda, mandado a Primeiro Ministro de Portugal pelo próprio Bin?
Será que Guantanamo ainda está operacional? Não excluiria a hipótese de lhe oferecer umas férias prolongadas nesse “Tarrafal” de Cuba, para tentar clarificar as suas verdadeiras intenções, a bem desta Nação que, apesar de tudo, me é querida.
Sim, porque ao contrário do que muitos dizem, eu acredito na generalidade dos portugueses. Apenas desconfio das suas capacidades para escolher políticos…

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Lei do Sal... O Início

Entra amanhã em vigor a lei que limita o teor de sal no pão, punindo o desrespeito com coimas entre 500 e 5000 euros. Ocupando o pão um lugar central na alimentação dos portugueses e provada que está a associação do sal à hipertensão arterial, os médicos acreditam que esta medida pode traduzir-se em benefícios para a saúde, nomeadamente a nível da prevenção de acidentes vasculares cerebrais e ataques cardíacos” in Pasquim do povo, cognome, Correio da Manhã.
Como se o problema que mais urge resolver em relação aos AVCs e á Hipertensão Arterial, estivesse relacionado com a quantidade de sal que comemos, no pão…
Mais do que a hipertensão causada pelo excesso de consumo de sal que faz parte da confecção do pão, temos a hipertensão causada pelo desemprego, pelas longas filas à porta dos centros de saúde e nas urgências dos hospitais, pelo aumento dos impostos, pelos discursos dos idiotas dos políticos do mundo, pelo sobre endividamento, pelos despedimentos cada vez mais fáceis, pelas deslocalizações das principais unidades fabris de suporte às economias locais, para o leste europeu… A lista seria infindável.
Eis mais uma medida para dar trabalho ás ASAEs da Europa.
Agora é o pão, qualquer dia limita-se nos enchidos, nos pratos confeccionados nos restaurantes, até chegarmos ao ponto de racionalizar a compra do produto, limitando-o a x gramas por pessoa, dependendo a autorização de compra, do número de pessoas que compõem o agregado familiar…
Acabam-se as feiras de enchidos, de produtos regionais. Standariza-se a confecção do queijo…
Acaba-se com as características que tornam únicos, o Queijo de Azeitão, o Queijo da Serra (que já não é o que era antes da imposição das neo normas de higiene), o Queijo de Serpa  e de Avis.
Acabamos com o Painho Alentejano, com o Presunto Serrano, com a Farinheira Beirã e a Alheira de Mirandela.
Vamos acabar todos a comer plástico produzido em grandes laboratórios industriais, detidos por grandes magnatas.
Já faltou mais para “franchisar” todos os restaurantes que nos servem Cozinho à Portuguesa…
A cozinha, deixará de ser uma arte de sublimação de cheiros e sabores, para passar a ser comida apenas com os olhos e degustada em função dos compostos químicos que estritamente nos são necessários.

… E vamos todos para a cova felizes e… saudáveis.

Porreiro, pá!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ainda o Queiroz em Formato Breve...

Aproveitando a pausa do almoço para escrever umas linhas...

Será confusão minha, ou de todas as testemunhas abonatórias, apresentadas pelo Seleccionador Nacional, para refutar a sacanice de que está a ser alvo, não há um único elemento da Selecção presente ao último Mundial.
Aparentemente, nenhuns dos presentes no tal estágio em que o moço foi mal educado, vai testemunhar a seu favor?!

Será que não há nada a dizer em favor deste lunático, por parte de quem terá assistido aos factos? Preocupante sem dúvida...
De qualquer forma, o resultado desejável não irá acontecer. Queiroz continuará de pedra e cal para vergonha futura das prestações da nossa Selecção.
Para a próxima, eu propunha que ele colocasse o Ronaldo à defesa... Quem sabe?!  Poucas experiências novas faltarão fazer.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

... Dos Fogos

Em tempos, na empresa onde trabalho, assisti a uma acção de formação de prevenção e combate a incêndios, monitorizada por um formador da Escola Nacional de Bombeiros.

Este confidenciou-nos (e fez uma pequena demonstração prática) que um cigarro não tem suficiente poder de ignição para causar um incêndio florestal.

Por tudo o que é prática dizer-se na comunicação social, esta “confidência” não terá sido politicamente correcta, mas das duas uma…

Ou acreditamos no saber e experiência do formador, ou fomos formados por um lunático incompetente.

Ainda, o lixo existente nas matas, também não será suficiente para contribuir em grande escala para esta quantidade de incêndios. Se fizermos uma experiência com uma lupa, podemos verificar que se a colocarmos no ângulo certo com os raios solares, a concentração do feixe é tão intensa, que existe evidente poder de ignição.

MAS tem que ser no ângulo certo. Não parece muito provável, que o fundo de uma garrafa de vidro (que pode simular uma lupa), esteja tantas vezes no sitio certo e colocado no ângulo certo, para causar este efeito com frequência.

Fazendo fé no que nos foi ensinado, dos 500 fogos que chegaram a estar activos, em simultâneo em Portugal, podemos concluir que se deverão ou à queda de raios (estes, assumidamente, podem provocar incêndios), ou a negligência (pic-nics com o uso de fogo de forma leviana, ou queimadas fora de época) ou pura intenção criminosa.

Quando damos umas voltas pelas zonas mais densamente florestadas do país e que agora estão queimadas, não é nada invulgar assistir ao abate do que resta das árvores, para comercialização.

Tudo deixa pensar, a acreditar que os fogos não são nem negligentes, nem com origem em causas naturais (queda de raios), que existe uma vertente comercial muito forte que tem todo o interesse nestes incêndios, podendo adquirir, desta forma, matéria prima mais barata.

Então, e se tudo o exposto acima é verdade, é fácil diminuir drasticamente o número de incêndios que assolam o país todos os anos. Basta proibir a comercialização da madeira queimada ou, (mais soft) legislar para que esta tenha que ser substancialmente mais cara do que a madeira verde.

E porque não se legisla nesse sentido? Porque, provavelmente, estamos a chocar com os interesses económicos de meia dúzia de poderosos e, não é a Assembleia da República que manda neste país, mas sim o grande poder económico.

Eu, se pertencesse a uma daquelas aldeias que todos os anos é ameaçada pelo fogo, juntava a população e começava por dar uma valente carga de porrada nos gajos que aparecem pós-fogos a cortar a madeira queimada!

A justiça feita pelas próprias mãos, é feia, mas pode ser a única, quando a outra não funciona.

Ou então, o gajo que nos deu a formação, ou era louco, ou era sócio de uma qualquer empresa de comercialização de madeiras.

Eu, pelo sim, pelo não, não deito beatas janela fora quando conduzo, a não ser que esteja a chover.

domingo, 8 de agosto de 2010

A Cultura Geral e a Importância das Coisas... Ou de Coisa Nenhuma

Pergunta alguém a alguém no Facebook: - O que é o Farmville?
Ao que outro alguém responde: - Não sabes o que é o Farmville? Isso é cultura geral, pá!
E vem um terceiro: - Cultura geral? Cultura geral são as coisas importantes, pá!
E pronto! Para além de ninguém acabar por responder à simples pergunta e o(a) dito(a) cujo(a) continuar sem perceber o que é o raisupartiça do Farmville, Albert Heinstein acabou de dar algumas piruetas seguidas de 10 mortais no túmulo, porque estes interlocutores não aprenderam nada sobre a Teoria da Relatividade!!!!!
Tá bem. Um gajo até pode aceitar que "cultura geral" seja um conjunto de conhecimentos importantes.
A porca torce o rabo (e o Einstein se tivesse cauda, também), é quando passamos ao conceito de "coisas importantes".
Certamente que o Farmville não tem nenhuma importância para quem não o conhece e, admito, também para muitos que já conhecem (como eu)...
Mas não será importante para quem lá passa 3, 4, 5, 6, 7, 8 horas por dia, ou até mais? Se um jogo (Farmville ou outro) nos leva um terço da nossa vida durante meses ou mesmo anos, não passa ele mesmo a ser importante para esses que o usam?
É importante, certo? Então é cultura geral!
Tudo é relativo. Também a cultura é relativa (um conjunto de conhecimentos que são úteis para a descoberta de novos conhecimentos, uma identidade de uma pessoa, ou de um povo, o conjunto de valores que regem uma sociedade ou um conjunto de pessoas ou mesmo até, um único individuo)...
Cultura geral é cultura e nada mais que cultura... ponto!
A importância que cada um, cada sociedade, cada grupo de pessoas lhe dá, é relativa. Está correlacionada com os próprios valores que regem a sua própria vida.
Não desprezem as coisas a que outras pessoas dão valor, como não queremos que desprezem aquilo a que nós damos valor.
Cultura geral, é o conjunto de todo o conhecimento, de todos os conhecimentos, independentemente da importância que lhes damos, porque o que não é importante para nós, sê-lo-á para alguém.
Não menosprezem o Farmville. Ele será de importância vital, quanto mais não seja, para quem recebe um ordenado para o desenvolver.


sábado, 7 de agosto de 2010

Antologia De Uma Filha-da-Putelhice

Antes de passar ao que verdadeiramente, me faz escrever este artigo, que fique bem claro o seguinte:
a) Nunca apoiei a escolha de Carlos Queiroz para Seleccionador Nacional;
b) Sempre o achei incompetente para tal cargo, entendendo que ele é bom a trabalhar putos, mas incapaz de gerir um balneário de gajos de barba feita que ganham mais do que ele;
c) Considero-o um ideólogo, incapaz de rentabilizar as potencialidades reais dos jogadores, optando antes por tentar que estes se adaptem ás suas teorias;
d) A história deste último mundial, só veio dar-me razão.
Esclarecidos os pontos anteriores, olhando à minha volta e ouvindo e lendo o que sempre por aí se foi dizendo, cedo se concluiu que a única pessoa que gosta(va) do Queirós, é o velho Madaíl.
É impossível esconder o facto de que ele agora é acusado (de comportamentos impróprios no estágio pré fase final do Mundial), ter sido no "tempo da Maria Cachucha". Passou-se demasiado tempo, desde a altura em que tal comportamento surgiu até o assunto ter entrado em juízo. Demasiado tempo, para que a verdadeira intenção de apurar um comportamento impróprio e atribuir as sanções devidas (ou não) passe na opinião das pessoas mais sensatas.
A verdade é que Portugal não quer o Queiroz. Se já o não queria, as suas opções em campo, a prestação da Selecção Nacional no seu conjunto e o resultado muito aquém de nos dignificar devidamente, já não dão espaço á tolerância e, a FPF está de mãos atadas e não sabe o que fazer.
Não sabe o que fazer porque o gajo despejou cimento à volta das pernas e deixou-o secar (Não se pira);
Não sabe o que fazer porque o gajo é demasiado caro para despedir sem justa causa;
Não sabe o que fazer porque tratou-se de uma escolha pessoal do Madaíl, e esse gajo não pode vir agora para a praça pública dar a sua própria escolha como incompetente sem cair também;
Então o que fazer?
Vamos procurar algo no passado por onde dê para pegar... Olha! E se for aquela cena em que o gajo chamou de maus, os médicos do anti-doping?
Alguns terão dito que seria fraco argumento, mas depressa terão concluído que seria o úncio em que pegar.
E agora montam o circo e vão tentar justificar uma saída sem ter que largar muito guito.
Desenganem-se os portugueses. Isto é tão fraco, mas tão fraco, comparado com a pêra que o Filipão deu no outro gajo em campo e que só lhe valeu uma multa, que a coisa vai ficar por aqui...
E o gajo vai-se embora? Não!
E vão despedir o gajo com justa causa? Não vão ter argumentos.
E vão despedir o gajo sem justa causa? Não têm €€s para isso.
Portanto, se querem o Queiroz na rua, vão ter que lhe armar uma outra ratoeira mais bem montada que esta não colou.
Mais... Foi uma filha-da-putelhice com contornos, eu diria mesmo, amadores.
Quanto a mim, se este incompetente ainda cá estiver para a fase final do próximo europeu, nem ligo a televisão.

As Faces de José Sócrates Pinto de Sousa

Vítima
Uma imagem de grande efeito dramático, com uma força tremenda quando apanhada com a bandeira da Nação por trás.
Transmite a ideia de um eterno e incompreendido lutador da Pátria, sempre assolado por pessoas e entidades que não compreendem a magnitude da sua bondade e o seu espírito de constante abnegação em nome de Portugal.








Vingativo

O típico efeito observado quando Paulo Portas ou Francisco Louça estão a discursar no Parlamento.








Retórico



O típico síndrome de manobrar fantoches que imprime às suas mãos, quando nos tenta convencer, vem do sub-consciente.






Queixinhas

Conversas secretas com a malta do bairro a combinar uma carga de porrada ao Louçã e ao Portas. A mão na boca, serve para esconder das objectivas o movimento dos lábios, evitando assim, a constituição de provas.






Nervoso
Uma imagem muito comum, às primeiras horas das madrugadas de Sexta Feira, antes da saída do "Sol" para as bancas.








Mentiroso
Este, é de facto, o verdadeiro perfil do Sócrates, sendo cada vez mal difícil aos editores de imagens dos orgãos de comunicação social, o trabalho de edição, para lhe diminuir o tamanho do nariz, antes que as imagens saiam.








Lacaio
O típico semblante sorridente, de "criado" para "patrão", a que Sócrates já nos habituou sempre que aparece em público com o patrão de outro país.






Invencível
Uma imagem muito copiada, mas raramente captada. Só surge após as vitórias nas eleições e para as fotografias oficiais.












Gozão
Esta imagem, é muito captável, quando Sócrates se esgrima no parlamento com os partidos de menor representação... "Are you talking to me?"












Furioso
Não... Não é quando é vítima de supostas injustiças. É quando alguém descobre a merda que ele anda a fazer. Um misto de fúria e amuo...










Atiçado
Querem ver o Sócrates de mão no quadril como as varinas dos mercados de Lisboa? Chamem-lhe manso!









Apanhado em Falso
Antes de conseguir chegar à fala com o Pinto Monteiro e com o patrão dos juízes, quando se descobrem as merdas, para garantir que tudo fica em "águas de bacalhau".










A Cegar...

... e com os olhos congestionados. Quando a fúria sobe e começa a ser dificl contê-la.















Aflito
Sócrates, sempre confiante, é raro ver-se assim. Trata-se, portanto, de uma imagem rara que deve ter sido captada numa pré valente caganeira... Podia ter sido durante a viagem a Angola... Aquelas águas....







Espectante
Apesar de dominar muito bem, todas as instâncias de poder em Portugal, resta sempre a dúvida de uma traiçãozita atrás da esquina. Nunca fiando, antes do PGR ou do PSTJ virem a público confirmar a sua inocência...